Desde que eu engravidei
participo de alguns grupos de mães na internet.
A ideia desde sempre foi me
aproximar do fascinante mundo da maternidade e claro, me auxiliar quanto as
dúvidas que eu tinha e que sempre vou ter no decorrer dessa minha nova
carreira.
Eu ainda não tive sobrinhos e antes do Nick nascer, pouquíssimo foi o contato com bebês ou
crianças, já que “azamigas” também estavam na mesma fase que a minha, namorando
há um tempo séculos e sem filhos.
Eu sabia desde o início que tudo
ia ser vivido e aprendido na marra e na prática e como eu amo ler, fui fuçando
daqui e dali e sim, encontrei grupos maravilhosos que me ajudaram e me ajudam
muito sempre que preciso de um conselho ou um apoio.
É incrível o quanto eles me
acrescentam, mamães que nem conheço e que vivem a mesma fase que eu já me
ajudaram muito em coisas que não pareciam tão simples e em outras que eram sim,
cabeludas, haha!
Tem o grupo da amamentação, o da
alimentação consciente, o de introdução alimentar, o de assuntos gerais, o das
festinhas, o de venda de roupinhas infantis, enfim, grupo de apoio não falta
pra me orientar! Adoro.
Quem é mãe sabe que quando
ganhamos neném algumas situações são inevitáveis, como os milhões de pitacos
que recebemos em relação a tudo o que é assunto que envolve o bebê, isso me
deixou profundamente irritada e emputecida com algumas pessoas, e falo isso com toda
sinceridade do mundo.
Tenho o entendimento de que muiiiiiitas,
senão todas as coisas ditas foram somente fruto de boa intenção, mas o que me
fez ficar mal por um tempo foi a falta de respeito ao meu espaço como mãe
mesmo.
Eu sou uma mãe do Século XXI, eu tive meu bebê agora e não há 30 anos
atrás, muitas coisas que fizeram sentido naquela época, hoje já foram substituídas, extintas e eu não tinha como argumentar tamanha imposição do “eu sei oque é
melhor por experiência”, mas enfim, não vou entrar nesse mérito também, o que
quero esclarecer é que eu sei que foram por bem, mas isso por muitas vezes se contrapôs
a minhas crenças, vontades e INSTINTO, e é para isso que exijo respeito, para o
meu direito de optar, decidir e de ser mãe, afinal é essa a minha época!
Uma recém mamãe está envolta em
milhões de sensações, além do pós cirúrgico (no meu caso foi cesárea), tem a
volta pra casa, adaptação, as dores, a amamentação, o peitinho ferido (o meu),
o bebê que não vem com manual de instruções, casa pra cuidar, o sono eterno,
todas as incertezas do mundo aliadas a muita carência (afinal também estamos
precisando de cuidados), e todas as outras coisas.
Do dia pra noite viramos leoas
selvagens, que não desgrudam o olhar de
sua cria em nenhum momento, pelo menos nos 5 primeiros meses na caverna,
enquanto não somos OBRIGADAS a voltar a trabalhar!
Nesta fase tudo está muito solto/frágil,
lembro-me que uma amiga havia me contado que o primeiro desejo que teve ao
voltar em casa foi voltar pro hospital, haha, ela falava: “me devolvammmm pro
hospital”, quero comidinha feita de 3 em 3hs de novo, quero remedinhos na boca
e quero que alguém venha a todo tempo saber se estou bem! Eu rí muito quando
escutei, mas a entendo quando me pego lembrando
do choque que é esse recomeço, rs!
Enfim, eu sei que eu preciso
aprender e muito, e sempre vai ser assim, cada dia é diferente quando se tem 1
filho, e eu busco auxílio sempre que preciso, seja nos grupos, com a pediatra,
com minha mãe ou com minhas amigas, mas a questão é a falta de limite que alguns
tem em querer te obrigar a conduzir uma situação de uma forma que você não concorda ou simplesmente não quer fazer
antes de pesquisar, ler, se entupir de informação, escutar o instinto materno e
decidir.
Se eu fosse seguir alguns
conselhos (quase imposições) eu teria dado açúcar ao meu bebê aos 3 meses,
colocado engrossante na mamadeira dele, entupido ele de geléia de mocotó e de
chás malucos, colocado sal em todas as comidinhas que já ofertei até hoje, dentre
outras coisitas mais que me aconselharam.
Respeito e entendo quem opta por
fazer assim ou seguir alguma dessas dicas, cada mãe com certeza vai seguir o
caminho que acha o melhor para o seu filho, but o meu ponto de vista é o meu
ponto de vista, e em relação as coisas que dizem respeito ao meu filho,
desculpa, mas quem decide sou eu (e o papai, claro)!
Agora, depois de muito penar,
ficar constrangida, brava, chorar, me emputecer, aprendi que uma bela cara de
alface resolve tudo, esse termo inclusive aprendi em um dos grupos.
E é isso que tenho feito.
Costumo comentar que depois que
somos mães nossa reputação muda de legal para louca/fresca, mas quer saber?
Se ainda não lançaram o Semancol
em cápsulas, cara de alface neles!
E tem dado certo na medida do
impossível.
Desabafei e por hoje é só! ;)
Nenhum comentário:
Postar um comentário